Coloco, hoje, um poema que acabei de escrever, chamado "A Felicidade". Junto a Sinfonia No. 9 em C maior de Franz Schubert. http://www.youtube.com/watch?v=kNocKxKd8-I
A Felicidade
Preso, neste mundo que vivo
Só, nesta solidão da dor profunda
No perfume das flores que me dão do cravo o crivo
De morrer pelos amores e descansar na eterna tumba
Se um dia alguém me quiser por perto
Se alguém se lembrar de alguma imagem minha
Eu estarei apodrecendo no calor do deserto
E sei que ninguém derramará uma só lágrimazinha
Tudo que sinto, meus sentimentos
São como a Lua, no céu a brilhar
Na escuridão infinita, com sua luz e movimento
A me acalmarem, e fazendo-me por tudo chorar
No desespero de uma vida infinda
A própria alma que transparece moribunda
Não aguento mais viver, nem um minuto ainda!
Espíritos dos Mortos! levem esta alma que há muito virou defunta
E quando olho para aquele céu estrelado
Cada estrela me parece o choro de uma só lágrima
E com o coração entorpecido e já abrasado
Meu espírito acalenta minha alma com eternas lástimas
Que no final destes tristes e melancólicos e solitários versos
Que eu consiga um minuto de descanso e, talvez, um novo Mundo
Que quando gotas escorrerem de meus olhos ao encontrar-me com Cérbero
Que este novo firmamento que vejo, me iguale a todos estes solitários defuntos
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