Um poema que acabei de escrever, este é mais sobre a vida do que os anteriores e nem um pouco métrico. Fi-lo ouvindo a Rádio MEC FM, precisamente Tchaikovski em "O Quebra Nozes".
Em Branco
Um papel
Em branco
Quando escrevo
Deixa de ser branco
As palavras são brancas
Quando penso
Deixam de ser brancas
O vento é branco
Quando o sinto
Deixa de ser branco
Assim é o Mundo, branco.
Friday, January 31, 2014
Wednesday, January 29, 2014
Coloco agora um poema que eu achei lindo de um dos melhores poetas brasileiros para mim, Álvares de Azevedo. Tirado do livro "Lira dos Vinte Anos".
Soneto
Pálida à luz da lâmpada sombria
Sobre o leito de flores reclinada
Como a lua por noite embalsamada
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar, na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre as nuvens d'alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!
Era mais bela! o seio palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas nos leitos resvalando
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!
Soneto
Pálida à luz da lâmpada sombria
Sobre o leito de flores reclinada
Como a lua por noite embalsamada
Entre as nuvens do amor ela dormia!
Era a virgem do mar, na escuma fria
Pela maré das águas embalada!
Era um anjo entre as nuvens d'alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!
Era mais bela! o seio palpitando...
Negros olhos as pálpebras abrindo...
Formas nuas nos leitos resvalando
Não te rias de mim, meu anjo lindo!
Por ti - as noites eu velei chorando,
Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!
Tuesday, January 28, 2014
Coloco para terminar o dia de hoje um soneto chamado "Lírio da Vida" junto com a Sinfonia No. 9 de Gustav Mahler, http://www.youtube.com/watch?v=lbaFjfT9D6E. Espero que gostem!
Lírio da Vida
Por sobre a terra sobe um lírio branco
O vento levemente o empurra.
Todos que ali estão choram o seu pranto
Num choro que arde triste e o peito esmurra.
A lápide lá está, fria, e entrando
Nela a ária da agonia sussurra.
A flor eleva o vento, que ventando
Arrasta aos céus aquela alma que urra
A perda dos amores, o amor.
Palavras no epitáfio em vão escritas
Que lembram-me daquela linda flor.
Todos querem gritar, tú que alto gritas
Ânsias que corroem-se na dor
E no sonhar de uma vida infinita!
Lírio da Vida
Por sobre a terra sobe um lírio branco
O vento levemente o empurra.
Todos que ali estão choram o seu pranto
Num choro que arde triste e o peito esmurra.
A lápide lá está, fria, e entrando
Nela a ária da agonia sussurra.
A flor eleva o vento, que ventando
Arrasta aos céus aquela alma que urra
A perda dos amores, o amor.
Palavras no epitáfio em vão escritas
Que lembram-me daquela linda flor.
Todos querem gritar, tú que alto gritas
Ânsias que corroem-se na dor
E no sonhar de uma vida infinita!
Monday, January 27, 2014
Gostaria de fazer uma recomendação para quem gosta de Música Clássica, na verdade, duas. A primeira é para escutarem os concertos para piano do Beethoven, são lindíssimos, vale muito a pena! A segunda é para ouvirem o "Quarteto para Cordas No. 14 em ré menor" do Schubert, especialmente o segundo movimento, um andante con moto que dá nome à obra, "Der Tod und das Mädchen", A Morte e a Dozela. Espero que gostem!
Saturday, January 25, 2014
Mais um poema escrito há pouco. Ouvindo, talvez, a um morcego e à luz de velas.
Amizade
A minha alma é desprendida agora,
Digo aos meus queridos amigos o adeus eterno...
O sol se põe, a noite chega, é a minha hora...
Da amizade ficam as lembranças, o amor fraterno...
Eu vos amo! um amor puro e sincero,
Estareis comigo até findar-se o infinito,
Este coração vos fala da alma todo o seu esmero,
Que se algum dia choraríeis, que seja num dia bonito...
Estou tranquilo, sabeis que estou em paz,
Neste céu estrelado caem lágrimas minhas,
São agora secas, pois vós a elas secais
Com pranto, como seca ao sol uma florzinha.
Enfim descanso, amo, sou amado...
Acabam-se as dores, as ânsias, as agonias...
Tudo que ficou, em memórias virou passado...
Estou são, pulsante é minha alma, é sadia!
Volto do futuro e vou ao presente,
Tudo que passei não vou mais passar,
No que se escureceu a dor dormente
Virou Vida! não na Terra e sim no Mar!
E com carinho e amor vos digo:
Vou ao lado dos espíritos passear!
Ficais com os anjos, eternos amigos,
Sabeis que a vós nunca hei de trocar!
Amizade
A minha alma é desprendida agora,
Digo aos meus queridos amigos o adeus eterno...
O sol se põe, a noite chega, é a minha hora...
Da amizade ficam as lembranças, o amor fraterno...
Eu vos amo! um amor puro e sincero,
Estareis comigo até findar-se o infinito,
Este coração vos fala da alma todo o seu esmero,
Que se algum dia choraríeis, que seja num dia bonito...
Estou tranquilo, sabeis que estou em paz,
Neste céu estrelado caem lágrimas minhas,
São agora secas, pois vós a elas secais
Com pranto, como seca ao sol uma florzinha.
Enfim descanso, amo, sou amado...
Acabam-se as dores, as ânsias, as agonias...
Tudo que ficou, em memórias virou passado...
Estou são, pulsante é minha alma, é sadia!
Volto do futuro e vou ao presente,
Tudo que passei não vou mais passar,
No que se escureceu a dor dormente
Virou Vida! não na Terra e sim no Mar!
E com carinho e amor vos digo:
Vou ao lado dos espíritos passear!
Ficais com os anjos, eternos amigos,
Sabeis que a vós nunca hei de trocar!
Coloco, hoje, um poema que acabei de escrever, chamado "A Felicidade". Junto a Sinfonia No. 9 em C maior de Franz Schubert. http://www.youtube.com/watch?v=kNocKxKd8-I
A Felicidade
Preso, neste mundo que vivo
Só, nesta solidão da dor profunda
No perfume das flores que me dão do cravo o crivo
De morrer pelos amores e descansar na eterna tumba
Se um dia alguém me quiser por perto
Se alguém se lembrar de alguma imagem minha
Eu estarei apodrecendo no calor do deserto
E sei que ninguém derramará uma só lágrimazinha
Tudo que sinto, meus sentimentos
São como a Lua, no céu a brilhar
Na escuridão infinita, com sua luz e movimento
A me acalmarem, e fazendo-me por tudo chorar
No desespero de uma vida infinda
A própria alma que transparece moribunda
Não aguento mais viver, nem um minuto ainda!
Espíritos dos Mortos! levem esta alma que há muito virou defunta
E quando olho para aquele céu estrelado
Cada estrela me parece o choro de uma só lágrima
E com o coração entorpecido e já abrasado
Meu espírito acalenta minha alma com eternas lástimas
Que no final destes tristes e melancólicos e solitários versos
Que eu consiga um minuto de descanso e, talvez, um novo Mundo
Que quando gotas escorrerem de meus olhos ao encontrar-me com Cérbero
Que este novo firmamento que vejo, me iguale a todos estes solitários defuntos
A Felicidade
Preso, neste mundo que vivo
Só, nesta solidão da dor profunda
No perfume das flores que me dão do cravo o crivo
De morrer pelos amores e descansar na eterna tumba
Se um dia alguém me quiser por perto
Se alguém se lembrar de alguma imagem minha
Eu estarei apodrecendo no calor do deserto
E sei que ninguém derramará uma só lágrimazinha
Tudo que sinto, meus sentimentos
São como a Lua, no céu a brilhar
Na escuridão infinita, com sua luz e movimento
A me acalmarem, e fazendo-me por tudo chorar
No desespero de uma vida infinda
A própria alma que transparece moribunda
Não aguento mais viver, nem um minuto ainda!
Espíritos dos Mortos! levem esta alma que há muito virou defunta
E quando olho para aquele céu estrelado
Cada estrela me parece o choro de uma só lágrima
E com o coração entorpecido e já abrasado
Meu espírito acalenta minha alma com eternas lástimas
Que no final destes tristes e melancólicos e solitários versos
Que eu consiga um minuto de descanso e, talvez, um novo Mundo
Que quando gotas escorrerem de meus olhos ao encontrar-me com Cérbero
Que este novo firmamento que vejo, me iguale a todos estes solitários defuntos
Thursday, January 16, 2014
Para começar, coloco aqui um poema meu e uma composição de Beethoven conhecida como "Eroica". Coloco a marcha fúnebre ou "Marcia Funebre" um adagio assai em dó menor.
O Mundo não vale a pena
A passos disformes, lentos
Caminham cheios de dor
No seu choro vê-se o acento
De palavras nunca ditas por este autor
E o desesperado pranto
A desesperança com todo este fim
Encantados com os desencantos
Que agora carrega o coveiro, enfim
De cada lágrima chorada
Vive-se do viver um dia imaginado
E todas as pessoas que sentem-se tocadas
Que nos levem como um sonho sonhado!
Que cada mão dormente
De levantar nossos caixões
Abrase o sofrimento, agora permanente
Que restará em todos estes corações
Que a chuva caia por sobre nós
Que apodreçamos em vasta solidão
Abraçando o nada, agora já sós
Que se despedace cada olho, cada mão
Que uivando, somente os lobos nos ouçam
Que nosso espírito voe no céu infinito
Que todos que agora em vão soluçam
Corroam-se na angústia do não dito
Depois de tudo, que reine a tristeza!
Que nossa dor se torne sua dor!
Que vivam sua vida presa
Sempre se lembrando do que fizemos, do horror!
Wednesday, January 15, 2014
Apresentação
Olá! Meu nome é Guilherme, sou estudante de Física da UFRJ. No entanto, meu maior interesse atualmente é em Poesia. Neste blog vocês vão poder encontrar poemas que eu escrevo e também poemas de nomes famosos da Literatura Mundial dos quais gosto. O intuito é mesmo o de divulgação e tentativa de conhecer pessoas que também se interessem por poetas ultra-românticos, como Álvares de Azevedo e Lord Byron, me interessando muito a troca de ideias e opiniões a respeito de obras, além claro, de sugestões. Primeiramente, colocarei todos os poemas em sua língua original, no entanto se houver pedidos pela tradução eu tentarei encontrá-la e colocá-la aqui. Além disso, também encontrarão aqui vídeos de compositores musicais famosos do período romântico, em destaque para o Romantismo na música alemã do século XIX. Sempre que possível tentarei colocar a programação de apresentações em Teatros de peças ou orquestras deste período, com maior ênfase no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Como sou estudante de Física, vez ou outra colocarei mensagens sobre esta disciplina e também sobre Matemática, meu maior interesse depois da Poesia. Se possível, apresentarei demonstrações de resultados muito conhecidos pelas pessoas, mas que normalmente não lhes são dados uma prova com o rigor da Matemática atual. Como exemplo posso citar o porquê que 1+1=2.
Como disse anteriormente, sugestões são muito bem-vindas e a troca é a minha maior intenção! Espero que gostem e se divirtam com o blog. Ademais, peço-lhes que divulguem para pessoas que acharem que também irão se interessar. Obrigado.
Como sou estudante de Física, vez ou outra colocarei mensagens sobre esta disciplina e também sobre Matemática, meu maior interesse depois da Poesia. Se possível, apresentarei demonstrações de resultados muito conhecidos pelas pessoas, mas que normalmente não lhes são dados uma prova com o rigor da Matemática atual. Como exemplo posso citar o porquê que 1+1=2.
Como disse anteriormente, sugestões são muito bem-vindas e a troca é a minha maior intenção! Espero que gostem e se divirtam com o blog. Ademais, peço-lhes que divulguem para pessoas que acharem que também irão se interessar. Obrigado.
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