Um poema feito após assistir, assustado, a retrospectiva do ano, para quem se interessar. (Será o último de 2014, seguindo a rotina de pessimismo em cada fim de ano).
Filho do meu tempo
Hoje em dia combate-se guerra com mais guerra,
Rejeita-se a truculência com mais truculência...
O mundo inteiro vive agoniado, ele berra!
Mesmo com os mais novos avanços da ciência
Os preconceitos insistem em crescer na Terra...
O pessimismo, a desgraça, e a cega obediência
A quem não admite que também lacrimeja e erra
Fazem o mundo obliterar sua consciência...
Eis o tempo que eu direi a todos que vivi,
Particularmente aos meus netos, ou mesmo filhos!
Um mundo, explicarei eu, que não esqueci,
Para que não presenciem o que eu presencio...
Para que eles, então, não sintam o que eu senti
Quando chorei por estas estrofes que copio!
Guilherme Ottoni, 27 - XII - 2014
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